Em 2 de janeiro, quatro dias após o desaparecimento de Jonathan Rafael Maria, 31 anos, a mulher dele, Priscila Silva de Souza, 32 anos, um irmão, um primo e um amigo do promotor de vendas estiveram no Palácio da Polícia, em busca de informações sobre o desaparecimento. Durante a conversa com agentes, chegou a informação de que um homem havia sido morto e foram mostradas fotos para possível identificação.
– Quando vi a imagem, identifiquei na hora. Foi um choque. Mostrei aos meninos que estavam lá, mas já não tinha dúvidas. Depois, olhei novamente, era difícil acreditar – conta, abalada.
O homem, chamado de "bebê” por uns, devido a sua bondade e tranquilidade, era conhecido por outros como "gigante", tanto no tamanho físico, como na generosidade.
– Estávamos há oito anos juntos e sempre o admirei por ser Deus no céu e a família na terra. Mesmo não morando mais com a mãe, ele sempre ajudava os familiares. Era uma pessoa muito honesta – relata.
Segundo a técnica de enfermagem, Jonathan tinha amizade com Victor Batista Ferraz havia cinco anos, com quem investiu dinheiro no banco. Conforme Priscila, não havia expectativa de aplicá-lo em sociedade, mas de o manter guardado, para que ambos dividissem o valor em outubro, data na qual a aplicação bancária poderia ser retirada por ambos.
Um homem, que preferiu não se identificar e era amigo de Jonathan há 11 anos, conta que a vítima e o corretor se conheceram quando o promotor de vendas trabalhava como segurança.
– Ele não via maldade em ninguém. Nas redes sociais, as aparências enganam, as pessoas não são o que parecem – desabafa o homem.
Jonathan cursava Educação Física na Fadergs e tinha o sonho de ter uma academia.