Menos de duas horas após o ataque a um ônibus em Caxias do Sul que deixou três feridos, na serra gaúcha, dois suspeitos foram presos pela Brigada Militar (BM) por envolvimento no crime. Alef da Silva, 24, e Luis Felipe Freitas de Souza, 20 anos, foram reconhecidos por duas vítimas e encaminhados ao presídio do Apanhador. Com auxílio de testemunhas, a Polícia Civil identificou um terceiro suspeito, que segue foragido.
Cerca de 15 PMs participaram das buscas na região da Avenida Brasil, onde ocorreu o atentado. Os criminosos haviam fugido, e moradores indicaram o percurso.
Um dos homens foi encontrado escondido sobre a laje da casa onde mora, no bairro Jardelino Ramos. O outro estava embaixo de uma residência. Nenhum objeto utilizado no ataque nem os celulares roubados foram localizados com os suspeitos.
A Brigada Militar (BM) diz que eles admitiram o crime informalmente, mas não confirmaram a relação entre o ataque ao coletivo e a morte de quatro pessoas em confronto com a BM na quinta-feira. Em depoimento à Polícia Civil, os dois presos se mantiveram em silêncio.
Conforme a Polícia Civil, os dois já tinham antecedentes criminais, inclusive por roubo, e ainda não está claro se três ou quatro criminosos participaram da ação. O delegado plantonista Guilherme Gerhardt diz que a motivação do crime ainda será apurada.
— No decorrer das investigações, vai se apurar a motivação. No entanto, a notícia que teria sido uma retaliação referente a um evento onde a Brigada Militar acabou entrando em confronto com quatro indivíduos, que vieram a óbito. Então, é um pouco cedo para falar de motivação, mas é um indicativo que tenha sido uma retaliação — afirma.
Relembre o caso:
Por volta das 22h de sexta-feira (24), homens entraram em um ônibus bairro Jardim América, em Caxias do Sul, anunciaram o assalto e pediram que as vítimas colocassem seus celulares dentro de uma bolsa. Em seguida, os criminosos espalharam combustível sobre o motorista e as duas passageiras e pelo corredor do ônibus, atearam fogo e fugiram.
Os ocupantes do ônibus conseguiram desembarcar antes que as chamas se alastrassem. O motorista do coletivo teve queimaduras de 1º e 2º grau e segue internado, com estado de saúde regular, no Hospital Pompéia. Duas passageiras também sofreram queimaduras nos pés e tornozelos, mas já receberam alta e prestaram depoimento.