Salete Witoslowski, 36 anos, que foi assassinada com um tiro na cabeça em Flores da Cunha, estava sumida desde o início da tarde de quinta-feira. O corpo da mulher foi encontrado dentro do próprio carro dela, um Escort, numa rua sem saída no loteamento Villagio Dei Fiori, por volta das 9h desta sexta-feira. A reportagem apurou que Salete estaria sofrendo ameaças.
— Soubemos agora (sexta-feira) que ela vinha recebendo essas ameaças, mas não sabemos o que pode ter ocorrido, quem fez isso ou os motivos — desabafa o companheiro de Salete, Carlos Copcheski, 47, que foi quem encontrou o corpo da própria mulher.
A Polícia Civil não tem conhecimento das ameaças.
Carlos e Salete residiam com dois filhos no bairro São Cristóvão, em Flores da Cunha. Salete trabalhava havia oito meses como operadora de injetora numa metalúrgica da cidade. Conforme colegas de trabalho, na quinta-feira, ela supostamente saiu para almoçar sozinha.
— Ela (Salete) saiu dirigindo o carro e levou seus pertences pessoais, mas deixou os pertences de trabalho porque retornaria à tarde. Olhamos nas câmeras e não vimos nada de anormal quando ela embarcou no carro no estacionamento. Estamos surpresos com isso — conta uma colega, que pediu o anonimato.
No mesmo dia do sumiço, Salete confidenciou para uma amiga que não poderia comparecer para uma conversa, pois haviam surgido alguns problemas e precisava resolvê-los. A família de Salete começou a procurá-la ainda na tarde de quinta-feira.
Nesta sexta-feira, Copcheski encontrou o carro parado na Rua Waldemar Ângelo Rossetto. O corpo da mulher estava no banco do motorista. Nada teria sido roubado de Salete, o que descartaria a possibilidade de ela ter sido vítima de assalto. Segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP), havia um ferimento perto do ouvido, provocado por um tiro.