Na operação nacional contra a pedofilia realizada nesta sexta-feira (20), a Polícia Civil gaúcha prendeu em Itaqui, na Fronteira Oeste, um homem suspeito de ser o segundo no país que mais armazenava e compartilhava pela internet imagens pornográficas de crianças e adolescentes. Em todo o Brasil, mais de 80 suspeitos foram presos em flagrante. No Rio Grande do Sul, a Polícia Civil prendeu nove pessoas em várias regiões.
Segundo a delegada Andrea Magno, do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), o preso em Itaqui é um dos principais alvos do levantamento de seis meses do Ministério da Justiça em parceria com a embaixada norte-americana, que foi a base da megaoperação. O preso, de 47 anos, atuava como motoboy. O nome dele não foi divulgado. Em São Paulo, a polícia prendeu o suspeito de ser o maior compartilhador de material com pedofilia.
Em Lagoa Vermelha, foi preso um desempregado de 56 anos que possuía um local na residência onde abusava sexualmente das vítimas e produzia vídeos. Segundo o delegado João Paulo de Abreu, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o suspeito armazenava e compartilhava o material gravado.
Alvorada também teve um suspeito detido, um corretor de seguros desempregado de 49 anos. Ele armazenava material com pedofilia. Na casa dele, foram apreendidos um notebook, quatro HDs externos e três pendrives. Em Santa Maria, duas pessoas também foram presas por armazenar imagens. Um funcionário da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) de 55 anos e um desempregado de 32 anos.
Já em Viamão, um aposentado de 64 anos também foi preso por armazenar imagens pornográficas com crianças e adolescentes e por posse ilegal de duas armas.
A operação também realizou prisões no Vale do Sinos. Em Novo Hamburgo, foi preso um motorista do Uber de 36 anos e, em São Leopoldo, foram detidos um garçom autônomo de 57 anos e um aposentado de 62 anos. Este último teve uma espingarda apreendida em casa.
Ao todo, 88 policiais civis cumpriram 14 mandados judiciais em 11 alvos de nove cidades gaúchas, incluindo a Capital. Segundo a polícia, a maioria dos presos tem cerca de 60 anos de idade e todos são homens.
— São pessoas, em princípio, que não levantam suspeitas e de convívio social aparentemente normal — ressalta a delegada Andrea.