A Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo aguarda o resultado de um exame de DNA para identificar se as crianças encontradas esquartejadas segunda-feira (4) têm algum grau de parentesco. Responsável pela investigação, o delegado Rogério Baggio Berbicz, destaca que a informação ajudará em buscas mais precisas pelas ocorrências de desaparecidos.
– Os investigadores já foram pessoalmente nas escolas da região alertar as direções de que nos informem caso algum aluno esteja desaparecido ou com pouca frequência. Como não temos um perfil, precisamos ler atentamente todas as ocorrências de meninos, meninas ou duplas desaparecidas. Se soubermos que têm parentesco, a gente encontra o fio da meada – conclui.
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Nesta quarta-feira (6), a equipe fez buscas no local onde os corpos foram encontrados em uma caixa de papelão de produtos de limpeza de Pernambuco. Em um raio de três quilômetros de uma estrada de chão envolta por mato, a polícia tentou encontrar novas evidências que pudessem identificar o menino e a menina, que estavam em três sacos plásticos.
– Quem escondeu os corpos conhece bem a região e não queria que as crianças fossem encontradas. É pouco provável que a pessoa que cometeu o crime e as vítimas sejam de fora do Estado – afirma o delegado.
Os agentes se concentram em ocorrências de desaparecimentos de crianças entre o dia 1º e 4 de setembro. Em análise preliminar, a perícia indica que as mortes ocorreram neste período. O caso mobiliza policiais de toda a região.
– Esse caso mexe com todos, pois se pensa o que de tão grave duas crianças podem ter feito para serem mortas desta maneira. Um adulto pode ter inimizades ou outros problemas, mas quem teria uma desavença ou um grande problema com um menino e uma menina de oito a 12 anos? – questiona o policial.
Segundo o delegado, uma das principais dificuldades na identificação das vítimas é a falta de cadastro de impressão digital para comparação.
– Como crianças em geral não possuem carteira de identidade, não há uma digital armazenada no banco de dados que possa ser comparada – explica.
Quem tiver informações que possam ajudar nas investigações podem entrar em contato com a Polícia Civil via WhatsApp, por meio do número (51) 9 8416-8902. Este contato é exclusivo para denúncias que possam esclarecer este caso.