A Justiça acolheu denúncia apresentada pelo Ministério Público contra um grupo de estelionatários suspeitos de envolvimento em um esquema organizado de pirâmide financeira conhecido como D9 no Rio Grande do Sul. Ao todo, 24 pessoas responderão pelos crimes de organização criminosa, crime contra economia popular, lavagem de dinheiro e estelionato.
Entre os réus, está Márcio Rodrigo dos Santos, 36 anos, apontado como o articulador do esquema da empresa D9 no Estado. Ele atuava cooptando pessoas principalmente na região do Vale do Sinos.
A D9 Clube de Empreendedores iniciou suas atividades na Bahia. Para disfarçar a natureza do negócio fraudulento, o grupo simulava uma operação de marketing multinível vinculando o negócio à suposta venda de cursos de trading esportivo.
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As vítimas eram convidadas a aplicar dinheiro com a promessa de rendimentos que chegariam a até 300% do valor investido. Para dar credibilidade, todos que aplicavam recebiam login e senha para um site onde poderiam ver virtualmente seus rendimentos. A promessa era de que, após um período, os valores retornariam aos investidores com os lucros obtidos pela aplicação.
Os líderes ou gerentes locais eram responsáveis por recrutar o maior número possível de pessoas para investir no esquema, capilarizando e aumentando a base da pirâmide financeira e, assim, garantindo que os recursos aportados pelas vítimas da fraude gerassem as vantagens econômicas indevidas a si e aos organizadores.