A Polícia indiciou o homem que confessou ter matado Taísa Macedo de Paula, de 26 anos, no dia 12 de junho em Itaara. O corpo de Taísa só foi encontrado em 18 de julho. Ela estava grávida de cerca de cinco meses. Conforme delegada Débora Dias, responsável pelo caso, o autor afirmou aos policiais ser casado e ter um relacionamento extraconjugal com a vítima. Ele disse que não sabia da gravidez de Taísa.
A delegada explica que o homem foi indiciado por homicídio. Conforme Débora Dias, foram “quatro qualificadoras: motivo torpe, ele a matou porque ela queria que ele assumisse o relacionamento e também porque ela estava grávida; meio cruel, já que ela foi morta com marteladas; emboscada/traição, porque a primeira martelada foi na nuca, e ela confiava nele e não esperava que ele a matasse; e por último feminicídio, porque eles tinham uma relação íntima de afeto”. Além disso, ele também deve responder por ocultação de cadáver e aborto.
O corpo de Taísa foi encontrado parcialmente enterrado na localidade de Rincão da Limeira, no interior do município. O homem disse que Taísa vinha o forçando a assumir o relacionamento, e os dois acabaram discutindo. É o que ele diz que motivou o crime.
Mesmo com a confissão, o homem não foi preso. Isso se dá porque faltam requisitos legais, conforme a delegada Débora. Ela explica que existem três casos em que é possível prender uma pessoa: em flagrante – que não foi o caso porque o corpo só foi encontrado mais de um mês depois –, após uma sentença judicial - o que ainda não aconteceu –, ou ainda uma prisão cautelar: preventiva ou temporária.
Mas mesmo para esses casos, existem pré-requisitos, como explica a delegada: “Se prende para preservar a ordem pública, ou seja, caso se julgue que o acusado poderá cometer novamente outros crimes da mesma forma; para preservar a ordem econômica, que não é o caso; para a instrução do processo, que é quando o suspeito tenta atrapalhar as investigações; ou ainda quando existe a suspeita de que ele tentaria fugir, que seria o caso do perigo da não aplicação da lei penal”.
A delegada afirma que o homem foi na delegacia todas as vezes que foi solicitado, sempre acompanhado de um advogado. Que ele tem residência e emprego fixo, e disponibilizou contatos para caso os policiais precisem acioná-lo. Porém, ela ressalta que, caso ele descumpra com algum dos requisitos, imediatamente será solicitada a prisão do homem.