Após seis meses de investigação, a Receita Estadual gaúcha realizou operação contra uma rede varejista suspeita de fraudes fiscais. Nesta quarta-feira (30), mandados de busca e apreensão foram cumpridos em sete prédios de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Bento Gonçalves.
As lojas, que vendem roupas femininas e não tiveram o nome divulgado, pertencem a uma família que, por meio de laranjas, abriu novas empresas para pulverizar os lucros e, assim, manter benefícios fiscais oferecidos pelo Simples Nacional.
– Alguns sócios e ex-sócios são funcionários das empresas ou pessoas sem ligação nenhuma com o negócio – relata o chefe da Divisão de Fiscalização e Cobrança da Receita Estadual, Edson Moro Franchi.
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O cálculo de quanto a empresa pagaria caso estivesse enquadrada como empresa de alto faturamento não foi concluído. No entanto, a estimativa é de que o valor seja superior a R$ 20 milhões. Além das fraudes, o Estado identificou que o grupo empresarial tem dívidas de R$ 2 milhões referentes ao não pagamento de impostos.
Operação
A operação realizada nesta quarta-feira (30) foi a primeira de uma série que investiga fraudes contra o Simples Nacional, programa que oferece alíquotas de impostos reduzidas às micro e pequenas empresas. O faturamento máximo não pode ultrapassar R$ 3,6 milhões. A Receita Estadual chega até os empreendimentos por meio de cruzamento de dados. Após, realiza a busca e apreensão de documentos para embasar a investigação.