Mais um drone foi abatido nas proximidades na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) na noite de quarta-feira (26). Foi o segundo equipamento retirado do ar pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) no mesmo dia, em um intervalo de 20 horas.
Conforme a Susepe, agentes receberam a informação do setor de inteligência de que, por volta das 21h, mais um drone sobrevoava o presídio – que abriga os principais líderes de facções criminosas do Rio Grande do Sul. Os servidores atiraram contra o aparelho, que caiu. Ele carregava uma meia, com dois celulares, dois carregadores e uma porção de cocaína.
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Antes, por volta da 1h do mesmo dia, outro equipamento foi abatido pelos agentes carregando uma meia com três celulares, três carregadores, cinco fones de ouvido, sete adaptadores USB e uma porção de cocaína.
O Departamento de Segurança e Execução Penal (Dsep) afirma que este é o sexto drone abatido no presídio em 2017. Três foram retirados pela Brigada Militar e três pela própria Susepe. Além disso, outros três sobrevoaram a região, mas não foi necessária os tiros para abatê-los.
Para o diretor do Departamento, Ângelo Carneiro, o elevado número de drones sobrevoando a região pode representar que os aliados de presos estão procurando novas formas de que celulares cheguem até eles, já que as revistas foram intensificadas, tirando um maior número de aparelhos dos presos.
– É um ato de desespero deles, haja vista que os celulares estão praticamento zerados. Inclusive é um bom termômetro para medir isso – comenta o diretor.
A Susepe pretende agora identificar quem está encomendando os celulares e de onde estão saindo os drones. Há uma investigação em curso pelo setor de inteligência.
O Departamento de Segurança também solicitou um estudo de engenharia para avaliar a possibilidade de ser colocada uma grade no pátio do presídio, evitando com que os drones consigam aterrissar. Isso já foi feito no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.
– São várias ações, de inteligência, operacional e agora de engenharia para ver se conseguimos coibir a questão dos drones – informa Carneiro.