Após 40 dias de investigação, a Polícia Civil já conseguiu prender quatro dos cinco criminosos envolvidos no sequestro do dono de uma quadra de futsal em Alvorada. O quinto suspeito já tem mandado de prisão preventiva, mas está foragido da Justiça.
O delegado que investiga o caso acredita que um dos bandidos jogava futebol no estabelecimento do empresário e teria achado ele uma vítima em potencial para praticar extorsão de R$ 150 mil.
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A investigação da Polícia Civil identificou todos os suspeitos que participaram do sequestro do empresário em Alvorada, no mês passado. Eles tiveram mandado de prisão decretados pela Justiça.
No dia do crime, um adolescente de 17 anos foi apreendido em flagrante no casebre que estava servindo de cativeiro para a vítima. Em relação aos quatro criminosos que conseguiram fugir da polícia, um deles foi preso no dia 7 de julho e outros dois foram presos esta semana.
No dia 18 de junho, criminosos fortemente armados, vestidos com camisetas da Polícia Civil e toucas ninjas invadiram a quadra de futebol do empresário, no bairro São Caetano. A vítima, de aproximadamente 30 anos, foi rendida na copa do estabelecimento e levado até o bairro Umbu em um Peugeot 207.
Enquanto a vítima era mantida em cativeiro, os criminosos passaram a ameaçar a família dele por telefone. Os bandidos exigiam R$ 150 mil para libertá-lo e diziam que caso isto não fosse feito, o empresário morreria.
A família acionou a Brigada Militar, que conseguiu descobrir a localização do cativeiro, na Rua 47. Ao chegar no local, quatro criminosos conseguiram fugir pulando muros e acessando pátios de casas vizinhas. Um adolescente de 17 anos foi apreendido em flagrante com uma pistola 9mm.
O casebre que servia de cativeiro tinha apenas um monitor conectado com câmeras de vigilância em frente a casa, uma cadeira e um colchão. O empresário, que estava amordaçado e com as mãos amarradas para trás, foi encontrado sem ferimentos e resgatado pela polícia.
De acordo com o delegado João Paulo Abreu, os suspeitos não formam uma quadrilha. Todos possuem passagens policiais por roubo e tráfico de drogas. Porém, nenhum deles tinham passagens por extorsão mediante sequestro.
– Temos suspeita de que um deles jogava futebol na quadra da vítima. Provavelmente achou que o empresário seria uma boa oportunidade de conseguir dinheiro mediante extorsão com a família dele – explicou o delegado João Paulo de Abreu.