A investigação sobre um possível latrocínio (roubo com morte) acabou revelando um crime premeditado em Montenegro, no Vale do Caí. Conforme a Polícia Civil, a pastora Marta Maria Kunzler, da Igreja do Evangelho Quadrangular, foi morta pelo marido, de 38 anos, o amante dele e dois amigos. O crime ocorreu no dia 14 de junho, mesma data em que Marta completou 63 anos.
Para o delegado Eduardo Azeredo, tudo foi tramado para que o marido pudesse ficar com o amante e os dois pudessem usufruir dos bens da pastora. A vítima, inclusive, conhecia o amante do marido, mas não desconfiava dos dois.
– É claramente um crime passional, em que o marido e principal envolvido ficaria com os bens da vítima, como casa, veículos. E ficaria, definitivamente, com o amante também – comenta o delegado.
Leia mais
Trinta e dois presos estão em viaturas da Brigada Militar no pátio do Instituto Pio Buck em Porto Alegre
Motorista do Cabify é preso em flagrante por tráfico de drogas em Porto Alegre
Marido imobiliza criminoso ao ver mulher ser assaltada em Cachoeirinha
Marta foi morta asfixiada, após ser atingida por golpes de faca dentro de casa, por volta das 22h30min daquela quarta-feira. Os criminosos ainda colocaram uma música em som alto para que os gritos da vítima não fossem ouvidos pelos vizinhos.
Os bandidos, depois, fugiram no carro da pastora – que foi encontrado no interior do município com uma faca e um moletom dentro. Inicialmente, o marido informou à polícia que assaltantes entraram na casa, agrediram e mataram Marta e procuraram pertences revirando gavetas.
De acordo com o delegado, o suspeito combinou de dar R$ 1 mil aos amigos que ajudaram no crime. No entanto, não teria conseguido o valor e entregou apenas R$ 100.
O marido, o amante e um dos amigos estão presos temporariamente pelo crime. O quarto suspeito, também com prisão decretada, está foragido. Em depoimento ao delegado, o marido da pastora nega participação no crime e garante não estar envolvido.
Nos próximos dias, a polícia vai encaminhar o inquérito ao Poder Judiciário. O delegado deve pedir a prisão preventiva de todos pelo crime de homicídio doloso qualificado. Entre as provas levantadas pela investigação estão imagens de segurança que teriam flagrado o marido entrando em casa.