Balões brancos foram carregados por cerca de dois quilômetros, entre o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre, e a Rua Luiz Cezar Leal, onde o jovem Allyson Rodrigues Fernandes foi assassinado na noite de terça-feira.
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O 14º latrocínio na Capital neste ano aconteceu às 20h30min, quando o analista e a namorada chegavam em casa e foram abordados por criminosos. Allyson levou dois tiros e morreu em atendimento no Hospital Cristo Redentor.
Pedindo por mais segurança e Justiça, cerca de cem pessoas – entre amigos, vizinhos e familiares do analista – saíram da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, número 4.859, e caminharam, neste domingo, até o apartamento onde ele morava há cerca de um ano. No portão da garagem onde foi alvejado, o grupo, de mãos dadas e em círculo, rezou o Pai Nosso. Em seguida, os balões brancos foram soltos ao céu.
No trajeto, ainda passaram pela praça onde ele costumava levar o cachorro para passear. Pessoas nas janelas aplaudiam e balançavam panos brancos em apoio à manifestação, que se estendeu das 10h até as 11h30min.
– A nossa família vai lutar por Justiça até o fim. Allyson não vai ser só mais um caso a entrar para as estatísticas – disse o pai de Allyson, Sandro dos Santos Fernandes, 44 anos.
A mãe de Sandro e avó de Allyson, Diolanda Barragan, 62 anos, carregava um cartaz com o questionamento: "Secretário, se fosse um familiar seu?".
Dezenas de outras faixas com expressões semelhantes foram carregadas com balões e apitos, soprados durante toda a caminhada. O grupo também vestia camisetas com uma foto de Allyson estampada entre as frases: "Saudades eternas" e "#SomosTodos Allyson".
Veja como foi a passeata: