O homem apontado pela polícia como autor do disparo que vitimou o escrivão da Polícia Civil Rodrigo Wilsen da Silveira, 39 anos, já poderia estar preso. No dia 6 de junho, Maicon de Mello Rosa, 25 anos, teve a prisão preventiva solicitada pela 1ª Delegacia de Polícia de Gravataí, envolvido em um roubo a residência ocorrido cinco dias antes no município. Até o momento, não houve resposta da Justiça ao pedido. Maiquinho, como é conhecido, não era um dos alvos da ação contra o tráfico de drogas do começo da manhã desta sexta-feira (23).
Agora, Rosa foi autuado em flagrante por homicídio, porte ilegal de arma e munição, além de tráfico de drogas. Foi preso com outras duas mulheres e três homens que estavam no apartamento onde o policial foi morto. A polícia apreendeu um revólver calibre 38, uma pistola 9mm, munições, drogas (crack e maconha), dinheiro e a chave de um Corolla roubado encontrado pouco depois em Gravataí.
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Em 2013, aos 21 anos, foi detido por roubo. Sem ter sido julgado, em abril de 2014 – oito meses depois de preso – foi beneficiado com a liberdade provisória, que acabou revogada em novembro do mesmo ano, ao ser flagrado armado.
Maiquinho só foi condenado a cinco anos de prisão, em regime semiaberto, por roubo, em dezembro do ano passado. Antes disso, porém, ele já era monitorado por tornozeleira eletrônica desde junho de 2016. Entre junho e o final de janeiro deste ano, porém, ele foi considerado foragido seis vezes. Todas as vezes sob a alegação de que o equipamento eletrônico havia falhado. Ainda assim, em fevereiro de 2017 foi liberado do uso da tornozeleira.
Crime em Gravataí
Suspeito de matar policial foi condenado por roubo no final de 2016 e poderia estar preso
Maicon de Mello Rosa, 25 anos, passou sete meses monitorado por tornozeleira eletrônica. Já sem o equipamento, no início de junho teve sua prisão solicitada pela Polícia Civil, mas Justiça não respondeu ao pedido
Eduardo Torres
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