Gilberto Bitencourt Viegas, o Giba do Trem, ex-líder da Guarda Popular, foi morto na tarde desta quarta-feira, em Sapucaia do Sul. De acordo com a Brigada Militar, o carro onde estava o corpo de Giba foi alvejado por cerca de 50 tiros.
No veículo, ainda estavam uma criança, que também morreu e que tinha entre dois e quatro anos, e Karina Azevedo Turcatti, que foi encaminhada ao hospital e corre risco de vida. A Brigada Militar prendeu, no início da noite desta quarta-feira (7), um suspeito de participação na execução de Giba.
O Fiesta preto em que Giba estava foi abordado por indivíduos encapuzados, que chegaram em duas caminhonetes. Uma das caminhonetes derrubou uma motocicleta e fez o Fiesta parar. Em seguida, começaram os disparos.
– O que nós temos aqui é que foi uma execução e estamos tentando apurar o motivo. Não temos ainda. Eles estavam acompanhando o veículo da vítima e fizeram a abordagem, com arma de grosso calibre. Foram muitos tiros – afirmou William da Silva, chefe da investigação.
– É a guerra do tráfico. A vítima tinha antecedentes – disse a delegada Carolina Torres.
Giba, de 31 anos, chegou a ser o principal líder da torcida, que é a maior organizada do Inter. Em 2015, foi preso após se envolver em uma confusão antes do embarque dos ônibus de torcedores rumo a Curitiba, onde o clube enfrentaria o Coritiba pelo Brasileirão.
À época, Giba usava tornozeleira eletrônica e não poderia viajar, mas rompeu o aparelho para ir à capital paranaense. Segundo relatos de testemunhas, Giba participou, antes do embarque para Curitiba, das agressões a Marcelo Silveira Machado, que precisou ser encaminhado ao HPS por conta dos ferimentos sofridos na briga.
Depois, Giba publicou em seu perfil no Facebook um texto em que se despedia da torcida. Foi denunciado por tentativa de homicídio e ficou preso de outubro de 2015 a agosto do ano passado.