Instigado pelo assassinato do oficial da reserva do Exército e advogado Carlos Norberto Barbosa dos Santos, 59 anos, em 28 de março de 2016, em Porto Alegre, um grupo de pessoas insatisfeitas com a insegurança no Estado resolveu agir. Em vez de ficar reclamando, passaram a organizar manifestações em Porto Alegre e a reunir assinaturas para um abaixo-assinado em prol de investimentos na segurança pública. Entre outros pleitos, pedem o "aumento expressivo da estrutura carcerária" e do policiamento ostensivo, para tornar "as ruas seguras para todos".
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Em um dos eventos, os participantes foram até Camaquã, na região sul do Estado, dar apoio à família da médica Graziela Muller Lerias, 32 anos, morta com um tiro na esquina das avenidas Sertório e Ceará, no bairro Navegantes, zona norte da Capital, por volta das 19h30min do dia 14 de agosto de 2016, durante um assalto.
Com 37 mil assinaturas recolhidas desde março de 2016, o Segurança Urgente esteve, nesta quinta-feira, na sede do Ministério Público Estadual para entregar o documento ao promotor público Luciano Vaccaro, que se comprometeu a analisar os anseios do movimento e a discutir ações a serem tomadas pelo órgão.
O grupo é composto por aproximadamente 200 pessoas organizadas para, exclusivamente, tratar do assunto segurança pública. Os membros se intitulam como "totalmente apartidários", segundo o consultor jurídico Paulo Bittencourt, 54 anos.
– Vamos continuar com a nossa luta por melhoria na segurança e promovendo ações sociais – disse Bittencourt.