Uma das esperanças da polícia para identificar o criminoso que incendiou, no final da tarde de quarta-feira, um ônibus da linha Parque dos Maias em pleno terminal Parobé, no centro de Porto Alegre, foi perdida. A câmera que registra imagens do interior do veículo foi totalmente destruída.
De acordo com o delegado Luiz Fernando Soares, da 17ª Delegacia de Polícia (DP), o trabalho agora passa às análises de duas câmeras de monitoramento da EPTC próximas ao local do fato. A intenção é localizar o suspeito no momento em que se aproximava do coletivo, ou da fuga.
– Sabemos que ele estava sozinho. Chegou correndo a partir da Praça XV e, depois de botar fogo no ônibus, fugiu em direção ao camelódromo pela Avenida Júlio de Castilhos. Logo no início da fuga ele já tirou o moletom, talvez para evitar ser reconhecido por imagens – explica o delegado.
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Conforme os relatos de testemunhas que estavam no local do crime, o suspeito ainda teria queimado os pés durante a ação. Na manhã desta quinta-feira o motorista, o cobrador e um fiscal da empresa de transportes devem ser ouvidos na polícia. Eles devem assistir às imagens captadas pelas câmeras de monitoramento.
A motivação para este ataque ainda é misteriosa para a polícia. Por enquanto, de acordo com o delegado Luiz Fernando Soares, não há nenhum elemento que relacione esse caso ao incêndio de outro ônibus, da linha Icaraí, no bairro Cristal, na zona sul de Porto Alegre, ocorrido na madrugada de quinta-feira.
– As pessoas relatam que o criminosos do Centro só gritava: "desçam, desçam". Ele não referiu nenhum tipo de motivação ou ameaçou as pessoas que estavam ali – diz o responsável pela investigação.