O diretor de Serviços Urbanos da Secretaria de Obras da prefeitura de Cachoeirinha, Márcio Adriano Azeredo de Almeida, 38 anos, foi executado a tiros na manhã desta quarta-feira (5) quando chegava para trabalhar em um prédio da secretaria, na Rua José Antônio Lutzenberger, no bairro Moradas do Bosque. O homem estava dentro do carro, um Space Fox vermelho, quando foi atingido por tiros de pistola por volta das 7h30.
Após os disparos, o veículos seguiu em deslocamento por cerca de 50 metros, batendo em outros carros estacionados. Almeida morreu no local. A perícia constatou oito marcas de tiros no corpo do diretor.
O prefeito de Cachoeirinha Miki Breier conversou com a reportagem no início da manhã e disse que ainda não tem informações sobre os motivos para a execução. Na gestão anterior, Almeida havia trabalhado na Secretaria de Administração do município.
O titular da 2ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, Newton Martins, esteve no local e afirmou que, pelos dados colhidos até agora, os atiradores já estavam posicionados esperando a vítima e tripulavam um Clio prata.
"Trata-se de uma emboscada", disse o delegado.
Newton Martins informou também que Almeida tinha antecedentes, como roubo a banco em 2001, ameaça, estelionato e posse de entorpecentes, entre outros. Ele tinha pena a cumprir até 2022, mas foi beneficiado por um indulto em 2012. A polícia ainda vai averiguar se a vítima estava recebendo ameaças.
A principal hipótese é de que o assassinato tenha ligação com o tráfico de drogas. A outra, quase descartada, é de que tenha um viés político. A prefeitura de Cachoeirinha tem sido alvo de arrombamentos e vandalismo.
A assessoria de imprensa da prefeitura disse que Almeida apresentou os documentos necessários para ocupar o cargo de confiança (CC), e que todos estavam dentro da legalidade. À tarde, o Executivo deve se pronunciar sobre o caso.
O irmão da vítima, Rodrigo Azeredo, conversou com a reportagem esta manhã e disse que não sabia se ele sofria ameaças. Ele reclamou que não havia nenhuma câmera de segurança no prédio da secretaria e cobrou justiça.