Apontado como chefe da banca de jogo do bicho de São Gabriel, Marcos Dierka foi preso na madrugada desta terça-feira pela operação Deu Zebra, da Polícia Civil, portando R$ 100 mil e US$ 15 mil.
O cumprimento dos 14 mandados de prisão começou às 9h desta terça, mas a ação contra Dierka foi antecipada porque ele estava em deslocamento na estrada, em direção a Santa Maria. A Polícia Civil avaliou que ele poderia ser perdido de vista ao chegar na cidade e, por isso, a detenção foi efetuada na madrugada, com a abordagem do veículo em que ele estava.
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Com Dierka, estava o montante que a Polícia Civil acredita que ele entregaria em Santa Maria para um suposto chefe hierárquico.
Pouco depois do meio-dia, Dierka foi transferido da 12ª Delegacia Regional de Santana do Livramento, de onde foram conduzidas as investigações, para o presídio do município.
Ele é suspeito de comandar a banca de São Gabriel, que tem ramificações em diversos outros municípios. Grampos telefônicos demonstraram durante a investigação que Dierka é adepto de métodos violentos. Ele teria contratado policiais civis e militares para espancar devedores e desafetos por conta da jogatina.
Recentemente, ele já havia sido preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Nessa ocasião, ele havia ido até um dos seus apontadores acompanhado de policiais para agredir um homem que estava lhe devendo.
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CONTRAPONTO
O que diz o advogado Décio Lahorgue, defensor de Mario Kucera:
Lahorgue declarou que o seu cliente é apenas empresário do jogo do bicho "há muitos anos". O advogado negou também que o seu cliente utilize lotéricas da Caixa Econômica Federal para lavar dinheiro da jogatina.
– Na verdade, ele (Kucera) tem banca de jogo do bicho. Mas aquele patrimônio, aquilo tudo que dizem é uma ficção. Tem coisas arroladas na investigação de quando o Mario Kucera era criança ou sequer era nascido. Essa investigação está cheia de falhas. Ele tem jogo do bicho e só, mais nada – afirmou Lahorgue.
O que diz a defesa de Marcos Dierka:
Zero Hora não encontrou, até o momento, a defesa de Marcos Dierka, preso por suspeita de chefiar a banca de São Gabriel. A Polícia Civil informou que Dierka ainda não constituiu advogado junto às autoridades.
