O traficante Paulo Márcio Duarte da Silva, 38 anos, conhecido como Maradona, foi condenado a mais 19 anos de reclusão em regime inicial fechado e não vai poder recorrer em liberdade. Soma-se a essa condenação os 97 anos e 10 meses que ele cumpre atualmente em uma penitenciária federal no Rio Grande do Norte, totalizando 116 anos de pena.
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Douglas Eduardo da Silva, que também estava sendo julgado nesta quinta-feira na 2ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre, foi condenado a 15 anos. Ambos são apontados como mandante e executor, respectivamente, de Fabrício da Rosa, em 2011, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. O crime foi comprovado através de escutas telefônicas. Na época, a Rádio Gaúcha e a RBS TV divulgaram uma série de reportagens intitulada "Escritório do Crime". Maradona havia sido flagrado conversando com Douglas sobre o assassinato de Fabrício.
Depois disso, ele foi transferido para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Em 2015, já de volta para o Rio Grande do Sul, foi apontado pelo envolvimento na morte do traficante Cristiano Souza da Fonseca, o Teréu, dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). O réu tinha como um dos seus principais aliados o traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, executado, em Tramandaí, em janeiro de 2015. O principal suspeito do crime era Teréu, que comandava o tráfico no Beco dos Cafunchos, zona leste de Porto Alegre, enquanto que Xandi liderava a venda de drogas no Condomínio Princesa Isabel, na área central da cidade.
Maradona é ex-líder de uma facção criminosa que tem base no Vale do Sinos e o julgamento seria no Foro de Novo Hamburgo, mas foi transferido para Porto Alegre justamente por questões de segurança. Ele ainda tem grande influência sobre integrantes do grupo criminoso.