O prefeito Rosemar Hentges (PP), de Ibirapuitã, no norte do Estado, foi tomado como refém por cinco assaltantes que atacaram a agência Sicredi na área central do município no final da manhã desta quinta-feira.
Na fuga, os bandidos ainda trocaram tiros com a Brigada Militar no centro da cidade. O prefeito, neste momento, estava dentro do carro com a quadrilha. Depois de ser mantido sob controle dos bandidos por pelo menos 15 minutos, ele foi abandonado a cerca de dois quilômetros da cidade, sem ferimentos.
Ainda tentando se recuperar do susto, o prefeito atendeu à reportagem de Zero Hora.
Como aconteceu tudo isso? O senhor percebeu que estava em meio a um roubo?
Foi terrível. Eu estava chegando em casa, tenho um restaurante bem ao lado do Sicredi, quando os homens armados me abordaram. Eu estava descendo do carro e não percebi que estava acontecendo um roubo. E aí me levaram para dentro do banco com eles. Foi tudo muito rápido. Depois de fazerem o assalto, me botaram no carro deles e eu fui abandonado a uns dois quilômetros daqui.
Como os criminosos agiam durante o roubo?
Eu não sei de onde tirei a calma naquele momento. E acho que consegui acalmar eles. Eu comecei a falar que o gerente e o moço que faz a segurança do banco são pessoas pacíficas, que eles não precisavam usar de violência. Me ofereci para ficar na janela do banco para evitar qualquer tragédia naquele momento.
Eles sabiam que o senhor é o prefeito da cidade?
Eu até agora não sei se sabiam ou se eu me apresentei. Não consigo me lembrar de tudo, pelo susto que levei. Mas a partir de um certo momento eles me chamavam de prefeito, sim.
Ataque a banco
"Não sei de onde tirei a calma", conta prefeito mantido refém em ataque a banco em Ibirapuitã
Rosemar Hentges (PP) chegava em casa no final da manhã desta quinta-feira quando foi abordado por criminosos que atacavam o Sicredi na área central do município
Eduardo Torres
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