Duas semanas após a denúncia do sumiço de 397 objetos do patrimônio da Festa da Uva S/A, a Polícia Civil de Caxias do Sul ainda tenta entender os fatos. A investigação está com a delegada Thaís Postiglione, do 2º Distrito Policial (2º DP), que afirma ser cedo para um posicionamento. A ocorrência foi registrada pelo diretor-administrativo da empresa que mantém os pavilhões em Caxias do Sul e organiza o maior evento da Serra Gaúcha, Cleiton De Bortoli.
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– Começamos ouvindo os dois comunicantes, que reiteram que o boletim policial foi uma precaução. Questionei se tinham ido atrás (dos objetos após a denúncia), mas eles responderam que não tiveram tempo. Aguardamos as atas do setor financeiro, mas o relato é que muitos objetos realmente podem ter sido jogados fora – aponta a delegada.
Quem deve ser ouvido nas próximas semanas é o último presidente da entidade, Osvaldo Scopel. Ao Pioneiro, o ex-mandatário declarou que muitos dos itens mencionados foram descartados por serem obsoletos, enquanto outros podem estar nos depósitos dos Pavilhões e não foram localizados. O único caso concreto seria o desaparecimento de uma motosserra, cuja ocorrência foi registrada no início do ano passado.
O inquérito policial não tem prazo para conclusão. Mesmo que não seja constatado um desaparecimento e os objetos tenham sido descartados sem uma baixa formal, por se tratar de patrimônio público, os responsáveis podem ser punidos.
– Vai demorar um pouco para saber efetivamente o que aconteceu e ainda precisa ser ouvida muita gente. São coisas de muito tempo atrás.