A Polícia Civil de Novo Hamburgo reconstituiu, na manhã desta quinta-feira, o confronto que resultou na morte de um atirador e deixou um guarda municipal e outro agressor feridos.
Após a realização do trabalho, o delegado de Homicídios do município, Enizaldo Pletz, formou convicção de que não houve tentativa de assalto, como chegou a ser cogitado.
– Tentaram matar o guarda municipal em uma emboscada, mas ele foi um exímio atirador e conseguiu se salvar. E bem provável que tenha sido um crime encomendado – explicou.
Ao chegar em casa, na Rua Guilherme Vielitz, no bairro Canudos, por volta da meia-noite de quarta-feira, o guarda municipal deparou com dois homens em sua garagem. A dupla estava armada com pistolas 9mm e usava colete a prova de balas e luvas cirúrgicas.
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O servidor, que também estava armado, foi rápido e conseguiu balear os dois homens. Um deles, identificado como Alexandre Martins, 38 anos, foi atingido com um tiro na cabeça e morreu no local. O outro, Kevin de Souza Costa, 20 anos, foi ferido na boca e na barriga. O guarda municipal também foi baleado na barriga e em uma das pernas.
Ele foi levado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo e não corre risco de morte. De acordo com a polícia, ele tinha licença para o uso de arma por ter sofrido outro ataque, no ano passado.
Costa foi socorrido em um Renault Duster, que os aguardava em frente à casa. Ele foi levado ao Hospital de Campo Bom e, logo depois, transferido para o Hospital Municipal de Novo Hamburgo, onde ficou sob custódia da Brigada Militar.
Servidores da instituição chegaram a temer por sua internação, pois, há uma semana, um jovem foi executado no local. Por precaução, foi reforçada a vigilância realizada pela Guarda Municipal.
O Renault Duster foi encontrado incendiado logo depois, próximo ao local do confronto.Além da conclusão de que houve uma tentativa de emboscada, o delegado acredita que o crime tenha sido encomendado.
– Vamos atrás da pessoa ou das pessoas que estavam no Duster e de um possível ou uma possível mandante – afirmou Plentz, não revelando o motivo de suas suspeitas, para "não prejudicar as investigações".