Preso durante a apreensão de seis toneladas de carne roubada na quarta-feira em Caxias do Sul, o comerciante Plinio Junior Bonalume, 22 anos, responderá em liberdade ao processo por receptação. Por meio de seu advogado Edson De Carli, o sócio-proprietário do mercado Adilis, no bairro Serrano, afirma que foi vítima de um golpe e está colaborando com a investigação policial.
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A negociação teria sido feita em nome de um frigorífico conhecido e que já havia vendido para o mercado de Bonalume, "com nota e tudo certo". O advogado ressalta que o pagamento foi feito à vista e em dinheiro, restando o prejuízo para o cliente dele. Neste ramo, conforme De Carli, seria normal o pagamento ser adiantado e a documentação final ser enviada por e-mail.
– Quando está faltando carne, eles (os frigoríficos) não entregam o produto se não for feito o pagamento antecipado. É uma reclamação conhecida de empresários neste ramo. Por isso, (Bonalume fez) o pagamento em dinheiro. Essas ofertas relâmpagos no comércio acontecem. Infelizmente, desta vez era um golpe – comenta De Carli.
Bonalume teve a liberdade provisória concedida pouco mais de 24 horas após a prisão em flagrante. Ele não possui antecedentes criminais. O advogado dele fez questão de ressaltar que a carga de carne possuía procedência (de um frigorífico conhecido) e não apresentava qualquer defeito ou sinal que indicasse que era imprópria para o consumo.
Segundo a polícia, as seis toneladas de carne encontradas no mercado de Bonalume foram roubadas de um caminhão na BR-116, em São Marcos, na madrugada de segunda-feira. A autoria do assalto ainda é investigada. A apreensão ocorreu por meio de uma denúncia. Conforme os fiscais da Vigilância Ambiental e da Secretaria Estadual da Agricultura, a carne apreendida será incinerada por não haver garantia de que esteja própria para consumo.