O coronel Andreis Silvio Dal'Lago assumiu na manhã desta quarta-feira o comando-geral da Brigada Militar do Estado. A cerimônia foi realizada na Academia de Polícia Militar de Porto Alegre.
Em seu discurso, o novo comandante disse que pretende atuar em três frentes: continuar focando na gestão para reduzir os índices de criminalidade, priorizar a modernização dos equipamentos da BM para efetivar o atendimento e atuar na integração das polícias interestaduais e Forças Armadas. Confira a entrevista:
Como será feita a reposição do número de policiais que estão indo para a reserva?
Nós temos agora 1.060 PMs em formação e mais 240 bombeiros militares. Estamos em tratativas para abrir novos editais e buscar ingresso de policiais para atender, no mínimo, o quantitativo que está saindo da corporação, que chega perto de 2 mil policiais.
O senhor falou em fazer parcerias para reforçar a segurança nas fronteiras. Como pretende fazer isso?
Eu tenho dito que se está havendo homicídio e latrocínio na Região Metropolitana e o instrumento utilizado é o fuzil e pistola 9mm, e causa é o trafico de drogas, nós precisamos junto com as Forças Armadas atuar com maior vigor na fronteira, onde o controle é quase inexistente. Precisamos convencer o governo federal a nos dar mais apoio e recursos.
Como o senhor pretende atuar no combate aos roubos e consequentes latrocínios (roubo com morte) e no tráfico de drogas que tem sido pano de fundo da maior parte dos homicídios na Capital e na Região Metropolitana?
Vamos continuar com a lógica da operação Avanti com abordagem qualificada, temos mapeado o roubo de veículos e estamos atuando com a tropa nos locais exatos.
O reforço da Força Nacional de Segurança deve continuar?
Estamos hoje com 70 homens da Força Nacional, espero chegar a 200. Estão nos ajudando, eles estão inseridos no planejamento da Capital, no combate aos roubos e latrocínios, especificamente.
O senhor tem em seu currículo atuações em polícia comunitária. Pretende investir nessa área?
A polícia comunitária é a nossa estratégia institucional, nosso grande guarda-chuva, nós atuamos dentro da lógica da polícia de proximidade, temos os núcleos da polícia comunitária no Estado e estamos avançando para as bases móveis que é um micro-ônibus de referência para a comunidade. Já temos duas bases em Porto Alegre e quatro no Estado. Espero chegar a 15 neste ano.