A Polícia Civil confirma que Éder Martins Leite, o Bigola, morto ao resistir à prisão na terça-feira, e o filho dele Bruno Ueslei Martins Leite, 19 anos, estão envolvidos na morte do sargento Edir Hendges Welter. Bigola é o último que aparece correndo nas imagens de uma câmera de monitoramento que flagrou o pós-crime na Rua Moreira César. O brigadiano foi assassinado durante uma tentativa de roubo de veículo na noite de segunda-feira.
Bruno Leite está recolhido Presídio Regional, antiga Penitenciária Industrial, desde a terça-feira. Ele foi detido por receptação e porte ilegal de arma de fogo na mesma ação policial em que Bigola foi morto.
Com os reconhecimentos realizados na tarde desta quarta-feira, a Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) considera o a morte do sargento Welter parcialmente esclarecida e irá representar pela prisão preventiva de Bruno Leite na manhã de quinta-feira. As investigações do latrocínio (roubo com morte) prosseguem para esclarecer outros possíveis participantes.
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Foragido desde 2013 e com antecedentes por quatro homicídios, Bigola estava no topo da lista de procurados pela Defrec. Bruno Leite possuía apenas passagens por ameaça e posse de drogas, porém as investigações apontaram que o rapaz virou comparsa de seu pai em crimes recentes. Juntos, os dois são investigados no roubo de um Clio no dia 20 no bairro Desvio Rizzo e de uma Amarok no Panazollo cerca de 30 minutos antes do ataque ao sargento Welter.
Esta caminhonete foi recuperada pela polícia no bairro Cidade Industrial na mesma noite do crime, o que denunciou o paradeiro dos suspeitos. Durante diligências na região, feitas pela Defrec em conjunto com o setor de inteligência do 12º Batalhão de Polícia Militar (12ª BPM), surgiu o nome de Bigola e seu possível paradeiro.
Quando os brigadianos preparavam cerco no local, o foragido fugiu pelos fundos e se escondeu em um matagal. Os policiais foram atrás e houve confronto. Bigola morreu no local. Na residência denunciada, foram presos Bruno Leite e outro homem, de 35 anos e vasta ficha criminal.
Durante as buscas, os policiais militares apreenderam roupas roubadas junto com a Amarok na segunda-feira. Na garagem, foi encontrado o Clio roubado no dia 20 e utilizado no roubo da caminhonete três dias depois. O automóvel estava com as placas adulteradas.