O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta sexta-feira (6) que a rebelião em um presídio de Roraima, que deixou 33 mortos, foi um “acerto interno”. Segundo Moraes, as informações repassadas pelo governo do Estado dão conta de que o massacre não se trata de uma guerra entre facções rivais.
“Três dos mortos eram estupradores, os demais eram rivais internos que, segundo informações iniciais, haviam traído os demais. Como falamos popularmente, seria um acerto interno, o que não retira em momento algum a gravidade do fato”, disse Moraes.
O massacre na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, a maior do Estado de Roraima, é o segundo da semana. Entre domingo e segunda-feira, duas rebeliões em presídios do Amazonas deixaram 60 mortos. “A situação não saiu do controle, mas é outra situação difícil”, afirmou o ministro Moraes.
Durante a semana, Moraes havia afirmado que o governo fazia um monitoramento das penitenciárias para tentar evitar novas rebeliões. A Penitenciária Monte Cristo já era motivo de preocupação. Em outubro do ano passado, uma briga entre facções rivais dentro da cadeia terminou com dez presos mortos no local.
Segundo o ministro, após as rebeliões de outubro, houve separação de presos por facções. Por isso, todos os mortos nesta sexta em Roraima pertenciam ao mesmo grupo, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Moraes viajará a Roraima ainda nesta sexta para encontrar a governadora do Estado e acompanhar os desdobramentos do massacre.