O serpentário do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica, em Porto Alegre, corre o risco de não abrir mais para visitação ao público. A direção da instituição fechou o espaço por tempo indeterminado após arrombamento na madrugada de quarta-feira e a tentativa de libertação de serpentes. O responsável pelo ato tentou acessar o serpentário forçando uma porta de vidro externa, mas foi impedido por uma segunda porta gradeada. Pedaços de tijolos foram arremessados contra os locais onde estavam duas cobras. Nenhuma fugiu. As informações são da Rádio Gaúcha.
Em meio à indefinição sobre o futuro das fundações estaduais que serão extintas por projeto de lei, a direção da Fundação Zoobotânica avalia a possibilidade de não reabrir mais a visitação ao público. Segundo o diretor-presidente da instituição, Luiz Fenando Branco, o espaço só poderá ser reaberto mediante mudanças no sistema de segurança.
– Não há ainda nenhuma definição, mas o serpentário vai ser desativado por medidas de segurança. Pelo menos por prazo indeterminado – diz o diretor-presidente.
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O espaço arrombado não tem câmeras de segurança. Para o diretor, a hipótese mais provável é que o ataque tenha sido premeditado.
– Esses tijolos não existem dentro do Jardim Botânico, foram trazidos de fora – afirma Luiz Fenando Branco.
O caso é investigado pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. O Jardim Botânico, onde fica o serpentário, recebeu no ano passado 400 mil visitantes. O espaço voltado às serpentes possui 330 animais, mas apenas 12 ficam em exibição ao público.
No serpentário, ocorria também a extração de veneno que era manipulado pelo Instituto Vital Brazil para o desenvolvimento de soro antiofídico. Mas o convênio com a organização foi encerrado ano passado e está em negociação para uma possível retomada.
*Rádio Gaúcha