A Secretaria da Segurança Pública classificou como "inaceitável" um possível auxílio de um PM à quadrilha de traficantes que planejou atacar uma juíza do Rio Grande do Sul, os familiares dela e policiais civis. Segundo investigação da Polícia Civil, o PM teria consultado o sistema reservado da segurança pública e repassado dados pessoais dos alvos ao bando. As informações são da Rádio Gaúcha.
– Uma vez comprovada, essa maçã podre será eliminada. Nós vamos tomar as medidas mais duras possíveis relativas ao envolvimento de qualquer agente da segurança com criminosos – afirmou o secretário à Rádio Gaúcha.
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Um mandado de busca foi cumprido na manhã desta sexta-feira na casa do brigadiano no Vale do Taquari. O motivo da ação foi encontrar mais provas sobre as informações sigilosas repassadas aos criminosos. Ele atua em batalhão da região e não se descarta o envolvimento de outros PMs.
A quadrilha pretendia se vingar dos policiais que prenderam mais de 120 traficantes a partir de uma megaoperação, a Clivium, realizada em junho do ano passado. Agora, o grupo, que tinha base em Gravataí, está sofrendo uma devassa financeira através de apreensão de bens e de bloqueio de contas bancárias.
A juíza atuava no município na época da investigação e concedeu aos policiais os mandados de prisão e de busca. Ela também aceitou as denúncias que viraram processos judiciais, são cerca de 40. Ela, devido às ameaças, foi transferida para outra comarca. Locais e nomes estão sendo preservados.