A Brigada Militar abriu processo por lesão corporal contra a candidata a vice-prefeita da chapa do PT derrotada nas eleições de Porto Alegre, Silvana Conti, do PCdoB. Ela foi identificada pelos policiais como responsável por jogar um vaso de flores na cabeça de um sargento.
O incidente ocorreu no momento em que a ex-presidente Dilma Rousseff chegava para votar na Escola Estadual Santos Dummont, zona sul da Capital.
Antes da chegada de Dilma ao local, o juiz eleitoral Niwton Carpes da Silva orientou por telefone Luiz Carlos da Silva, chefe da 160ª zona eleitoral, a impedir que a imprensa e militantes acompanhassem a ex-presidente votando. De acordo com a decisão, Dilma deveria entrar sozinha no local para votar.
Por causa disso, começou uma grande confusão envolvendo jornalistas, militantes e policiais militares. Vidros foram quebrados e pessoas ficaram feridas (veja o vídeo).
De acordo com a BM, os policiais estavam cumprindo ordem judicial e foram agredidos. Eles fizeram exame de corpo delito e registraram ocorrência contra Silvana.
"A senhora Silvana Conti, candidata a vice-prefeita, lhe agrediu com um vaso de flores na cabeça. A senhora Silvana Conti não foi presa no ato do cometimento do delito em razão da grande quantidade de pessoas no local, fazendo com que os ânimos estivessem exaltados. Não foi possível localizar a acusada quando os ânimos se acalmaram", cita um trecho da ocorrência.
Os dois policiais ficaram feridos na cabeça e nos braços, segundo a ocorrência registrada. O caso foi encaminhado para a Polícia Civil.
Na saída do colégio, Silvana, mancando, foi acompanhada por amigos e reclamou de truculência da Brigada, mas não comentou o episódio do arremesso contra os PMs. De acordo com a assessoria da candidata, Silvana também registrou ocorrência contra os policias e fez exame de corpo de delito.
Ainda conforme a assessoria, ela alegou que foi agredida pelos PMs com um chute. Sobre a agressão contra os policiais, Silvana alega que estava segurando uma cesta de flores e foi empurrada em direção aos brigadianos.
A 6º Delegacia de Polícia, responsável pela região onde ocorreu o fato, informou que está analisando a ocorrência para decidir se abrirá inquérito ou se encaminhará para a Polícia Federal, caso o fato se enquadre em crime eleitoral.