Após 15h, o Bloco da Segurança Pública, composto por sindicatos da Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e Instituto Geral de Perícias no Rio Grande do Sul, encerrou por volta das 21h desta sexta a operação-padrão realizada em protesto contra o novo parcelamento de salários do Poder Executivo, anunciado pelo Piratini na quinta-feira.
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Durante o dia, os manifestantes realizaram diversos atos em todo o Estado. Em Porto Alegre, na manhã desta sexta, alguns manifestantes se reuniram em frente ao Tribunal de Justiça. No local, eles entregaram uma petição contra os parcelamentos promovidos pelo governo.
O presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm-Sindicato), Isaac Ortiz, afirmou que o órgão vai recomendar que os servidores realizem nova operação-padrão a partir de segunda-feira.
Em meio à paralisação, o secretário estadual da Segurança, Cezar Schirmer, visitou algumas entidades de classe para estabelecer um diálogo com os manifestantes. Entre outros sindicatos, ele visitou a Associação dos Bombeiros do Rio Grande do Sul (Abergs), a Abamf, entidade que representa os servidores de nível médio da Brigada Militar, o Sindicato dos Servidores da Policia Civil do RS (Sinpol-RS) e o UGEIRM-Sindicato.
Segundo nota da SSP, o Schirmer "tem debatido alternativas para melhorar a prestação de serviços e colhido a contribuição das categorias, visando sempre o diálogo direto".
O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinpol-RS), Emerson Ayres, afirmou que a entidade não faz parte do Bloco da Segurança Pública. Segundo Ayres, o sindicato vai manter a operação-padrão até que o governo estadual integralize os salários.
– Essa paralisação foi aprovada em uma assembleia da categoria. Enquanto o governo não integralizar os salários, vamos continuar atendendo apenas casos graves, de atos contra a vida, violência doméstica e violência contra idosos e crianças – afirmou Ayres.
Segundo o presidente da Abamf, Leonel Lucas, o resultado da paralisação foi "boa":
– A adesão ao movimento foi boa. Mais de 35% das viaturas ficaram paradas no Estado durante a paralisação. Muitos brigadianos não saíram para as ruas pela falta de material adequado para trabalhar – disse.
Lucas afirmou que a associação está discutindo quais serão os próximos passos do movimento. Ele espera definir até a manhã de sábado se a Abamf vai realizar nova paralisação.
*Zero Hora