Três taxistas acusados de tentativa de homicídio qualificado contra o motorista do Uber Bráulio Escobar, em dezembro de 2015, em Porto Alegre, foram postos em liberdade. A decisão foi da 2ª Vara do Juri da Capital, na terça-feira. As informações são do blog Caso de Polícia.
Os taxistas Alexsandro dos Santos Scheffer, 34 anos, Cauê Cavalheiro Varella, 29 anos, e Maurício dos Santos Nunes estavam presos desde a época do crime. Eles respondem pela tentativa de homicídio combinado com motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Outro taxista, identificado como Valderi Machado Silveira, segue sendo procurado pela polícia. Ele foi indiciado pelos mesmos crimes.
Quatro seguranças do Carrefour, onde o espancamento ocorreu, respondem por omissão de socorro. Eles foram identificados como Henry de Bittencourt Carvalho, Wandemar Marques da Silva, James La Roque Ferreria e Fernando Camargo. Todos respondem em liberdade.
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Conforme o advogado Rodrigo Rollemberg Cabral, que defende o motorista do Uber, apenas duas audiências sobre o caso foram realizadas desde o fato. Somente as testemunhas de defesa foram apresentadas. O advogado reclama da morosidade do processo.
O Tribunal de Justiça afirma que, em razão do excesso de prazo, houve entendimento de que "não havia mais razões para a manutenção da prisão preventiva" dos taxistas.
Relembre o caso
Um motorista do Uber foi agredido por taxistasno fim da tarde de uma quinta-feira, no dia 26 de novembro do ano passado, dentro do estacionamento do supermercado Carrefour da Avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon, em Porto Alegre.
Bráulio Pelegrini Escobar, de 40 anos, levou socos e pontapés por cerca de dez minutos até ser socorrido por testemunhas. Ele foi levado ao Hospital Cristo Redentor.
O inquérito policial mostrou que o bando atraiu o motorista na tentativa de fazer pará-lo em uma barreira.