Um sargento da Brigada Militar está entre os 13 presos da Operação Aparecida da Polícia Civil, que desarticulou uma quadrilha de assaltantes que atua no Norte do Estado. O PM seria o responsável pelo armazenamento de armas para os bandidos, segundo a polícia. A ofensiva, realizada na manhã desta quarta-feira (21), apontou que o grupo criminoso foi identificado em pelo menos 20 assaltos em propriedades rurais de 10 municípios. As informações são da Rádio Gaúcha.
Segundo a Polícia Civil, o PM estava na reserva, mas voltou a trabalhar no Corpo Voluntário de Militares Inativos – que voltam para trabalhar em atividades administrativas.
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Conforme o delegado Norberto dos Santos Rodrigues, titular da DP de Marau, o PM mantinha em casa um armamento pesado e tinha relação próxima com membros da quadrilha. Os investigadores acreditam que ele fornecia as armas para as ações criminosas. A situação deste armamento estão sendo apuradas. Há a possibilidade de que ele comprava as armas especialmente para a quadrilha.
O modo de ação dos criminosos era violento. O grupo escolhia comunidades do interior, com pouco policiamento, e atacava famílias de agricultores. Eles chegavam a manter as vítimas em cárcere privado por mais de cinco horas.
– Muitas vítimas não foram só ameaçadas. Foram agredidas com coronhadas, pauladas e socos – relata o delegado.
A investigação durou mais de dez meses. Dos 13 presos, oito foram em flagrantes. Cinco foram presos em decorrência dos mandados. Três criminosos seguem sendo procurados.
Uma grande quantidade de armas foi apreendida. Pelo menos 14 espingardas calibre 12 e outros cinco revólveres foram apreendidos. A polícia não divulgou o nome dos presos.
A ação ocorreu em Marau, Gentil, Guaporé, Mato Castelhano, Vila Maria, Passo Fundo, Nicolau Vergueiro e Água Santa. Cerca de 160 agentes foram envolvidos na operação policial. Foram expedidos 30 mandados de judiciais. O nome dos presos não havia sido divulgado até as 10h.