As transferências dos líderes do Presídio Central para a Pasc já não é nenhuma garantia de isolamento nas comunicações das facções. Em Charqueadas, assim como no Central, as galerias estão divididas por facções.
– Nosso esforço é alimentar cada vez mais com informações sobre alianças entre quadrilhas e suas lideranças a inteligência da Polícia Civil. Só assim conseguiremos aumentar as condenações e penas deles. A ideia, pelo menos, é isolá-los – aponta o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Paulo Grillo.
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Há quem defenda, extraoficialmente, na Secretaria da Segurança, as transferências de alguns criminosos para presídios federais. A Susepe, por sua vez, informa que coíbe as organizações e comunicações entre presos com a intensificação de revistas. Desde 2014, elas teriam ampliado em 400%. Somente entre janeiro e agosto deste ano, a superintendência registrou 241 operações dentro das cadeias.
Além de cortar comunicações de possíveis lideranças, o desafio da Susepe é reduzir a ociosidade dos presos com a busca de parcerias para trabalhos prisionais. Em Canoas, onde é evitada a entrada de detentos com ligações a facções, a Susepe informa que este trabalho é uma referência.