O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Segurança Alimentar) deflagrou, na manhã desta sexta-feira, a segunda etapa da Operação Ju$$ara, que combate a extração e comercialização ilegal de palmito em extinção na Mata Atlântica.
São cumpridos um mandado de prisão preventiva, cinco mandados de medidas alternativas à prisão, além de sete mandados de busca nas cidades de Vale do Sol, Santa Cruz do Sul, São Leopoldo e Canoas. A ação é realizada com o apoio da Brigada Militar, da Delegacia do Meio Ambiente da Polícia Civil, do Centro Estadual de Vigilância Sanitária e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
Ainda, há a determinação de apreensão de dois caminhões e um automóvel. Os investigados são suspeitos de extraírem e venderem conservas de palmito da espécie Juçara, protegida por lei. Além do crime ambiental, existem riscos à saúde humana, já que o palmito, se preparado sem condições básicas de higiene, pode causar a doença conhecida como botulismo, que provoca o comprometimento progressivo do sistema nervoso e paralisia dos músculos respiratórios, o que pode ser fatal.
A prisão preventiva foi decretada contra o líder da organização criminosa e proprietário da empresa Natusol Agroindústria e Comércio Ltda., com sede em Vale do Sol. Ele e os outros cinco são investigados pela extração, beneficiamento, venda e revenda de palmito da espécie Juçara, cuja retirada é proibida por lei.
De acordo com as investigações, a Natusol possui autorização apenas para a produção das conservas de palmito da espécie Real e Pupunha. No entanto, a empresa comprava de extratores clandestinos o palmito Juçara in natura e os vendia como das outras espécies, puros ou misturados aos produtos permitidos.