O governo estadual anunciou, nesta quarta-feira, uma reestruturação administrativa na Secretaria da Segurança Pública com intuito de permitir a colocação de mais policiais nas ruas. Com o enxugamento, os atuais 10 departamentos e 34 divisões passarão a cinco departamentos e 20 divisões. As medidas foram apresentadas pelo secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, ao governador José Ivo Sartori.
– Vamos devolver às corporações, de imediato, 46 policiais civis e militares que hoje trabalham na secretaria e exoneraremos 17 servidores civis. Portanto, a partir de agora, a SSP terá 63 servidores a menos – disse Schirmer.
Segundo o governo, esses policiais vão se somar aos 50 PMs do Batalhão Reserva, que trabalhará sistematicamente em dias da semana pré-determinados, e aos 120 soldados-alunos que estão iniciando o estágio supervisionado em Porto Alegre.
–Queremos menos burocracia e mais ação. A prioridade do governo é ter os policiais militares nas ruas e os policiais civis trabalhando na investigação dos crimes –acrescentou o secretário.
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Para Sartori, a decisão do novo secretário está alinhada com a atitude de engajamento do governo na busca por alternativas à Segurança Pública.
–Mesmo diante de desafios, estão sendo criadas novas possibilidades. Segurança é, sim, prioridade do nosso governo. Não vamos medir esforços para qualificar serviços e focar naquilo que é de competência dos órgãos da Segurança. Estamos fazendo o que precisa ser feito – afirmou.
Outra ação é a renovação da portaria que proíbe a transferência de servidores da Segurança Pública que atuam nos 19 municípios com índices mais altos de criminalidade. Para Schirmer, garantir a permanência dos efetivos nessas cidades é fundamental:
–Não há como abrir mão dos recursos humanos existentes nessas localidades, tendo em vista que é nossa prioridade devolver mais segurança aos cidadãos.
Também faz parte das medidas apresentadas por Schirmer a liberação de gratificação de permanência para servidores do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Isso vai permitir que peritos, médicos legistas e técnicos em perícia experientes continuem exercendo suas funções, o que evitará a diminuição da capacidade de atendimento do órgão.