A disposição para trabalhar nas ruas e o desejo de combater a criminalidade são as características mais lembradas por Sidnei Pinceta sobre o seu irmão, o policial militar aposentado Roberto Pinceta. Internado em estado grave no Hospital de Pronto Socorro, Roberto, de 52 anos, foi baleado na manhã de quarta-feira durante um assalto. Enquanto esperava por notícias sobre o estado de saúde do irmão, Sidnei conversou com Zero Hora.
_ O negócio dele era lutar contra o crime. Essa era a vida dele, a paixão dele. Uma vez eu, que sou policial também, tentei levar ele para um cargo dentro do quartel, mas ele nunca quis _ relembra o irmão.
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Conforme Sidnei, o irmão ingressou na polícia em 1982, motivando-o, que é dois anos mais velho, a seguir o mesmo caminho. Após mais de três décadas dedicando a vida ao trabalho, decidiu se aposentar, há cerca de dois anos, para cuidar da mãe, que estava com problemas de saúde. Pouco tempo depois, ela faleceu.
_ Roberto já tinha tempo de aposentadoria, mas nossa mãe estava com problemas de saúde e ele resolveu cuidar dela. Era uma pessoa muito querida por todos. Não dá para entender uma coisa dessas _ desabafa.
Atualmente, Roberto se dedicava a construir uma casa na praia para morar com a esposa, Leonor Pinceta, 47 anos, assim que ela se aposentasse. Na quarta-feira, o PM aposentado foi abordado por um assaltante a pé quando manobrava o carro, um Prisma azul, na Avenida Otto Niemeyer, próximo ao cruzamento com a Avenida da Cavalhada.
Pouco antes, ele havia deixado Leonor no trabalho, e estava levando o carro para uma revisão. Durante a abordagem do criminoso, ele foi alvejado. Levado para o hospital, onde permanece sedado em estado grave. O assaltante fugiu sem levar nada.
O delegado Luciano Coelho, da 13ª Delegacia de Polícia, afirma que agentes buscam imagens de câmeras de segurança da região para tentar identificar o criminoso. Segundo Coelho, ainda não há suspeitos.