Em protesto contra o novo parcelamento de salários do Poder Executivo, entidades que representam os servidores da área da segurança pública no Estado convocaram para esta sexta-feira uma paralisação das atividades por 15 horas, a partir das 6h.
A intenção do chamado Bloco da Segurança Pública também é fazer manifestações em frente aos prédios do judiciário em todo o Rio Grande do Sul. Na Capital, o protesto está programado para ocorrer em frente do ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), às 10h. O objetivo é pressionar o Judiciário. Segundo o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS (Ugeirm-Sindicato), será cobrado que a Justiça se posicione em relação à postura do governo José Ivo Sartori. O Piratini, diz a entidade, tem descumprido decisões do poder relacionadas ao pagamento de salários e medidas na área de segurança, como a remoção de presos das carceragens das delegacias à espera de vagas no sistema penitenciário. A operação-padrão está programada para até às 21h, ressalta o presidente da Ugeirm-Sindicato, Isaac Ortiz.
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A adesão, porém, não será total. Os delegados, por exemplo, prometem trabalhar normalmente.
Veja como cada entidade promete se mobilizar nesta sexta-feira
Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS (Ugeirm-Sindicato)
– A entidade orienta os servidores a atenderem apenas casos graves, como homicídios, latrocínios, estupros e casos em quem crianças, adolescentes, mulheres e idosos sejam vítimas. Cumprimentos de mandados de prisão e operações, por exemplo, estarão suspensos das 6h às 21h desta sexta-feira
Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinpol-RS)
– Orientação é também a atender somente casos graves ou então aqueles em que seja considerado urgente a atuação da polícia judiciária. A postura, assim como em meses anteriores, não será limitada a esta sexta-feira. A mobilização continua até os salários serem pagos na íntegra, diz o vice-presidente da entidade, Emerson Ayres.
Associação dos Delegados de Polícia do RS (Asdep)
– A entidade decidiu trabalhar normalmente. Segundo a presidente da entidade, delegada Nadine Anflor, três fatores levaram à decisão: a criminalidade nas ruas, a proximidade com as eleições e um voto de confiança ao novo secretário da Segurança, Cezar Schirmer.
Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (BM)
– A categoria promete trabalhar apenas com veículos e equipamentos em plenas condições. Viaturas com problemas em pneus, parte elétrica ou rádios, por exemplo, não serão utilizados. Os brigadianos também não sairão às ruas com coletes à prova de balas vencidos ou armamento defeituoso, exemplifica o presidente da associação, Leonel Lucas.