Foi preso em Santa Catarina o homem de 32 anos suspeito de matar a tiros o soldado da Brigada Militar Luiz Carlos Gomes da Silva Filho, 29 anos.
Willian Ribeiro Marinho, que tinha prisão preventiva decretada, foi abordado pela Polícia Militar do Estado vizinho em Biguaçu, na Grande Florianópolis, quando passava por um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-101, por volta das 19h30min desta segunda-feira. Com ele, foi apreendida um pistola 9mm, que possivelmente foi utilizada no crime.
– Iremos a Santa Catarina nos próximos dias para interrogá-lo e pediremos confronto balístico para saber se aquela arma foi utilizada para matar o policial – disse a titular da 6ª Delegacia de Polícia de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Elisa Souza, que investiga o caso.
Associação ao tráfico e organização criminosa são dois dos crimes pelos quais Marinho responde. O açougueiro de profissão é natural de Laguna, em Santa Catarina onde também era procurado pela polícia – ele integraria o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), uma das principais facções do Estado vizinho e rival do Primeiro Comando da Capital (PCC).
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No dia 15 de julho, a 6ª DHPP remeteu ao Poder Judiciário o inquérito sobre a morte do soldado. Gabriel Pereira Lima, de 18 anos, e Willian Ribeiro Marinho, 32, foram indiciados por homicídio quadruplamente qualificado (com os agravantes de praticarem o crime gerando perigo comum, mediante dissimulação, assegurando a impunidade de outro crime e por agirem contra servidor da segurança pública), receptação, associação criminosa e adulteração de veículo automotor.
O caso
O soldado Luiz Carlos Gomes da Silva Filho foi morto no início da tarde do dia 4 de julho, na Rua Santa Flora, bairro Cavalhada, em Porto Alegre, após abordar um Gol branco em ocorrência de furto.
Imagens feitas por um morador mostram que o brigadiano, sozinho e à paisana, discute, empurra e chega a entrar em luta corporal com o atirador, que até então estava desarmado.
Na sequência, o homem, que seria Willian Ribeiro Marinho, pega uma arma no carro e dispara três vezes, acertando a cabeça do policial.
Na quarta-feira seguinte, dia 6 de julho, durante caçada aos possíveis autores dos crime, o Batalhão de Operações Especiais (BOE) prendeu Gabriel Pereira Lima. Ele confessou ser o rapaz de camiseta do Barcelona à sombra de uma árvore. A polícia acredita que ele tenha deixado a arma engatilhada dentro do carro ao alcance de Marinho. Isso, Gabriel nega.