O Judiciário autorizou, na tarde desta segunda-feira (29), a transferência provisória dos 14 presos que estavam na 2ª Delegacia de Polícia (DP) de Porto Alegre para o Presídio Central. A carceragem do Palácio da Polícia foi interditada nesta manhã devido à superlotação. Os homens só poderão ficar no Central por 60 dias, até que a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) encontre novas vagas em outra casa prisional.
O grupo foi levado no fim da tarde para o presídio. Um deles segue sob custódia no Hospital de Pronto Socorro (HPS) após ser agredido por outro detento. A polícia registrou duas tentativas de homicídio no local entre sexta e domingo. O grupo quebrou as celas do local, após uma briga generalizada.
Em razão da interdição, os presos que chegaram no Palácio da Polícia nesta tarde tiveram que aguardar dentro de viaturas da Brigada Militar que ficavam estacionas em frente ao local. Ao menos três deles aguardaram por mais de duas horas em viaturas, antes de serem deslocados para outras delegacias.
"O procedimento do plantão está sendo feito normalmente. Mas antes eles aguardariam nas celas antes de serem levados para os presídios. Agora se termina o flagrante e ele é colocado dentro de uma viatura da Brigada Militar até que se decida o que fazer", destaca a delegada Nadine Anflor, presidente da Associação dos Delegados do Rio Grande do Sul.
Segundo ela, hoje pela manhã, houve gritaria e um grupo de policiais teve de ser acionado para evitar maiores problemas. "Eles destruíram todas as grades, para não acontecer uma tragédia maior, foi decidido pela interdição", destaca.
Segundo a Susepe, outros 54 presos ainda estão em delegacias na Região Metropolitana. Há detidos em Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Viamão, Alvorada, Gravataí e Porto Alegre. A Superintendência informa que está trabalhando para encontrar vagas para fazer a transferência.