A Polícia Civil concluiu que os policiais que mataram dois assaltantes, em dois casos diferentes em Santa Maria, agiram em legítima defesa. O entendimento é do delegado Gabriel Zanella, titular da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD), responsável pelas investigações.
Com isso, não serão indiciados, ou seja, o caso será remetido à Justiça sem apontar crime. O encaminhamento é necessário, pois houve morte não natural.
O crime mais recente aconteceu em 12 de junho, quando Henri Souza Flores, 23 anos, foi morto com três tiros por um policial rodoviário federal. O suspeito, foragido da Justiça, invadiu a casa dele, no bairro Camobi, e ameaçou sua sofra, de 59 anos. Diante disso, o policial reagiu.
Em 27 de maio, Yuri Mateus da Silva Machado, 17 anos, foi morto por um policial militar à paisana durante um assalto a um trailer de lanches na Rua Coronel Niederauer.
Nesse caso, testemunhas questionaram a ação do policial, pois conforme registro junto à delegacia, os tiros atingiram o adolescente no peito, e elas disseram que os tiros foram pelas costas. Além disso, a quantidade de disparos também foi questionada. Ele foi ferido cinco vezes e testemunhas apontaram ter ouvido “pelo menos 15 disparos”.
No entendimento do delegado Zanella, os policiais atuaram dentro da legalidade, sendo que todas as circunstâncias foram apuradas.
Os dois inquéritos serão analisada pelo Ministério Público Estadual (MPE) que, se concordar com a Polícia Civil, deve oferecer denúncia à Justiça. Caso entenda diferente, pode pedir nova investigação ou denunciar os policiais por homicídio.