A Polícia Civil desarticulou um esquema de furto e venda ilegal de animais na Região Central do Estado. Nos últimos seis dias, seis pessoas foram presas nos municípios de Unistalda, Quaraí e Uruguaiana. Uma sétima é procurada.
Conforme a delegada Débora Durlo Poltosi, responsável pela operação batizada de Porteira Aberta, 26 cabeças de gado foram furtadas de uma propriedade rural na localidade de Nazaré, interior de Unistalda, em 26 de maio. Os animais foram avaliados em cerca de R$ 45 mil.
A investigação se estendeu por quase 30 dias e obteve provas de que criminosos, que viviam em uma propriedade vizinha a da vítima, se associaram para furtar o gado. "A ação desses indivíduos visou recolher e encerrar o gado na mangueira", diz a delegada.
Diante disso, a Polícia Civil cumpriu sete mandados de busca e apreensão nos três municípios.
O crime teria sido articulado pelo suspeito preso em Uruguaiana, que confessou em depoimento que havia se comprometido a pagar aos criminosos cerca de R$ 700 por cabeça de gado. Além disso, disse que havia contratado uma pessoa para fazer o frete e providenciou nota fiscal e Guia de Transporte Animal (GTA) falsas "para esquentar o gado". Os bichos eram levados para a cidade de Quaraí.
Quatro dos suspeitos tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas. Eles serão indiciados por furto qualificado, associação criminosa e falsidade ideológica. Os demais, também presos temporariamente, foram soltos.
"As prisões visavam apenas a instrução do feito e não houve necessidade de convertê-las em preventivas", explica a delegada Débora.
A polícia busca um sétimo suspeito, que está em situação de foragido da Justiça, e que "se encontra possivelmente no Uruguai".
Os animais foram recuperados e devem ser devolvidos ao proprietário em Unistalda.