A delegada Cristiana Onorato Bento, que investiga o caso de estupro da adolescente de 16 anos no Rio, disse nesta segunda-feira que pedirá a revogação da prisão temporária de dois acusados de participar do crime. De acordo com a titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), não foram descobertas provas contra Marcelo da Cruz Miranda Correa, de 18 anos, e Michel Brasil da Silva, de 20, em relação ao estupro.
Os dois suspeitos, que estão foragidos, são acusados de divulgar em redes sociais vídeos em que a vítima aparece desacordada e nua.
– Isso (a revogação das prisões, no caso de a Justiça concordar com a delegada) não vai impedir que eles continuem sendo investigados e sejam condenados na esfera penal por espalhar esses vídeos. Mas este crime não justifica uma prisão temporária – disse ela.
Leia mais:
Polícia investiga quinto suspeito de estupro de jovem no Rio de Janeiro
Polícia aponta pelo menos quatro homens em cena de estupro no Rio de Janeiro
Delegado afastado diz que "aparentemente" estupro coletivo não foi comprovado
A delegada afirmou que já tem provas suficientes para indiciar, pelo crime de estupro, os acusados Raí de Souza, de 22 anos; Raphael Belo, de 41, e os traficantes Perninha e Moisés de Lucena, o Canário. Raí foi reconhecido pela bermuda que vestia em uma filmagem, feita em seu celular.
Raphael fez a foto selfie com a adolescente nua e tocou em suas partes íntimas nas filmagens. Canário foi reconhecido pela vítima. Perninha, cujo nome não foi revelado pela delegada, teria sido o responsável pelas gravações. Policiais disseram já ter pistas de seu paradeiro.