O secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, defendeu na noite desta sexta-feira a decisão da Polícia Civil de não pedir ainda a prisão preventiva dos suspeitos de estuprar uma adolescente de 16 anos no sábado, na zona oeste da cidade, e depois divulgar o crime na internet.
Segundo ele, se a prisão não foi pedida, é porque faltou algum "detalhe" jurídico:
– Existe um delegado à frente da investigação e se ele não o fez é porque não reuniu subsídios para isso. Ou se prende em flagrante ou mediante mandado. Tem que consubstanciar esse pedido – afirmou Beltrame, em entrevista coletiva, ao lado do ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes.
Leia mais:
"Não dói o útero, e sim a alma", diz vítima de estupro coletivo
Polícia Civil localiza quatro suspeitos de estupro coletivo no Rio
Como a PF pode ser usada para combater violência contra a mulher
Beltrame admitiu que a falta da prisão preventiva pode permitir a fuga dos suspeitos:
– Mesmo assim, para que se peça a prisão preventiva, ela tem que ser bem fundamentada – disse Beltrame, reafirmando que, se a prisão não foi pedida, é porque, "juridicamente", faltam "detalhes".
No Rio, mulheres protestam contra a cultura do estupro
Ocupando o centro do Rio de Janeiro, centenas de mulheres, conforme o jornal O Globo, fizeram um protesto na noite desta sexta-feira. O ato ocorreu nas escadarias da Assembleia Legislativa (Alerj). Além de prestar solidariedade à adolescente vítima de um estupro coletivo, as manifestantes defenderam a legalização do aborto e punições contra quem agride mulheres.