Internada desde o sábado na Santa Casa de Porto Alegre, a esgrimista Mariana Däffner, 22 anos, baleada durante tentativa de assalto no bairro Menino Deus, fará uma cirurgia entre esta terça e quarta-feira. Conforme uma das preparadoras físicas da atleta, Amanda Souza da Cunha, a cirurgia não era obrigatória, mas a escolha pelo procedimento se deu para acelerar o processo de recuperação.
– O tiro acertou apenas o rádio, um osso do braço esquerdo. Os ligamentos, tendões e músculos não foram afetados – explica Amanda.
Com a cirurgia, o prazo para recuperação de Mariana será de duas semanas – se optasse por não fazer a operação, levaria sete semanas. Desta forma, ela poderá voltar a treinar e se preparar a tempo para uma competição que ocorre em São Paulo no mês de setembro, conforme havia planejado.
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Mariana é atleta do Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, e estava afastada das competições há um ano em decorrência de uma lesão no tornozelo. Ela se recuperava em uma academia de Porto Alegre e deveria voltar ao clube no próximo mês.
– Ela está bem, mas ficou bem abalada com a possibilidade de ficar mais tempo fora das competições. Sem a cirurgia, ela não teria como competir em setembro – destaca Amanda.
A esgrimista foi baleada na sexta-feira passada, por volta do meio-dia, na Avenida Bastian, enquanto mexia no porta-malas de seu carro, um Renault Sandero. Conforme o delegado César Carrion, titular da 2ª DP da Capital, imagens colhidas e já analisadas mostram dois rapazes descendo de um veículo de cor cinza e abordando a atleta.
– Eles passaram aleatoriamente e viram que ela estava com o porta-malas aberto. O carro deles parou, desceram os dois e pararam um de cada lado. Eles pegaram o celular e ela então gritou. Nisso eles se assustaram e atiraram.
O delegado afirma que as imagens mostram os dois correndo na direção onde o carro em que estavam havia ficado estacionado, à sua espera. Apesar de as imagens mostrarem a ação, Carrion afirma que não são nítidas o suficiente para a identificação dos suspeitos.
– Ainda não colhemos o depoimento da menina porque ela está hospitalizada. Mas assim que for possível vamos falar com ela – diz o delegado.