A Brigada Militar mantém neste sábado, na área do Parque Nacional Aparados da Serra, em Cambará do Sul, o cerco a criminosos que assaltaram dois bancos em Praia Grande, extremo sul de Santa Catarina, na segunda-feira.
O trabalho conta com a participação de policiais militares catarinenses. Na quarta-feira, houve confronto na região e um assaltante foi morto. O homem ainda não foi identificado.
Leia mais
Suspeito é morto em confronto com a BM em Cambará do Sul
Quadrilha usou reféns como escudo humano
Na madrugada deste sábado, três criminosos _ um deles ferido _ invadiram um sítio em busca de comida, em Cambará. Depois de se alimentar, foram embora sem machucar a moradora, que avisou a BM. Como ela não tem carro, eles seguiram a fuga a pé.
Segundo o coronel Antonio Osmar da Silva, comandante Regional da BM na Serra, o trio está debilitado. As buscas são dificultadas devido à densidade da mata na região e da presença de cerração. Cães da BM estão sendo usados na ação.
_ Todos os acessos a veículos estão com cerco. Se pegarem um carro, passarão por uma barreira _ garantiu o coronel.
O grupo também perdeu o armamento pesado. No confronto da quarta-feira, foram apreendidos fuzis, espingardas, dinheiro e um colete balístico. A BM acredita que os fugitivos estejam apenas com revólveres e pistolas.
Dois helicópteros _ um da BM e outro da PM catarinense _ chegaram a ser usados nas buscas. O trabalho está sendo feito pelo 1º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas, que tem sede em Gramado.
Na segunda-feira, a quadrilha usou reféns como escudo humano durante um roubo a uma agência do Banco do Brasil, em Praia Grande. Já em fuga, o bando invadiu o Bradesco, que fica ao lado, onde tomou mais reféns.
Quatro vítimas, incluindo o gerente do Banco do Brasil, foram levadas pelos assaltantes durante a fuga de carro. O grupo foi liberado cerca de 10 quilômetros depois. Ninguém ficou ferido.
Os quatro criminosos estavam em um Fiat Doblò, encapuzados e armados de fuzis, espingarda calibre 12 e pistolas. Na estrada que leva a Cambará do Sul, a quadrilha jogou miguelitos (pregos retorcidos) para tentar evitar a perseguição da PM. A polícia investiga se a Doblò foi furtada em Caxias do Sul. Segundo o coronel Osmar, ainda não é possível afirmar que sim, pois o carro pode ter sofrido adulteração. É preciso aguardar o resultado da perícia.