Principal linha de investigação da Polícia Civil para desvendar o assassinato de Kimberly Rückert, 22 anos, a tese de crime passional ganhou força com a descoberta de imagens captadas por câmeras de segurança de um posto de gasolina em Palmeira das Missões, no Noroeste. Registrado na quinta-feira passada, pouco mais de 24 horas antes do homicídio, o vídeo mostra uma discussão entre Kimberly e um homem aparentemente mais velho. A altercação ocorreu na área do estabelecimento.
Com o indício, o homem passou a constar entre os suspeitos da Polícia Civil. Depoimentos já foram tomados, e a busca por imagens de câmeras de monitoramento será mantida. Kimberly foi encontrada no sábado, em Palmeira das Missões, com o corpo carbonizado dentro do veículo da mãe.
- Ele (homem) é um dos suspeitos. A possibilidade mais forte é de crime passional. Agora, a evolução depende das diligências. A busca de imagens é a parte mais importante, até para verificar eventuais álibis do suspeito - diz o delegado Antônio Maieron.
Polícia investiga vínculos de amizade da jovem
A família da jovem também acredita que a motivação do crime tenha origem em relacionamentos afetivos.
- Não acredito em latrocínio (roubo com morte). Eu reconheci a correntinha de ouro que ela tinha. Era algo de valor para o caso de roubo. E não mexeram em nada do carro - avalia Paulo Roberto Rückert, pai de Kimberly.
Solteira, a jovem morava sozinha em Palmeira das Missões há quatro anos. Aos finais de semana, costumava visitar os pais em Três Passos. Com a faculdade de Enfermagem trancada neste semestre, trabalhava em um estúdio de fotografia como atendente. Colegas disseram que ela atuava no local há cinco meses. Garantem que, nos dias que antecederam a morte, aparentava normalidade.
- A Kimberly não tinha relação fixa. Era uma menina que não se prendia muito a isso. Ela era muito bonita e carismática - explica o pai.
Por conta de suspeitas acerca das relações pessoais da vítima, a investigação é focada nos vínculos de amizade da jovem, que foram definidos como "muito grandes" pelo delegado Adriano de Jesus Linhares, que também atua na condução do caso.