Dois pedidos formulados pela defesa de réus envolvidos na Operação Rodin, que apura desvio de R$ 44 milhões dos cofres do Detran gaúcho, causam nova reviravolta no processo que tramita na Justiça Federal de Santa Maria. O juiz Loraci Flores de Lima acatou pedido feita pela defesa de Denise Nachtigall Luz e suspendeu o prazo para apresentação de alegações finais, uma das últimas etapas antes da sentença. O advogado Aury Lopes Júnior alegou que não foram localizados DVD¿s contendo provas apresentadas pelo Ministério Público Federal na denúncia formulada à Justiça. Os discos contem interceptações telefônicas e perícias realizadas pela Polícia Federal em equipamentos apreendidos durante a investigação. Foi dado prazo de cinco dias, contados desde segunda-feira, para que o Ministério Público junte tais provas ao processo. A decisão não prevê quando o prazo de alegações finais será reaberto.
Outra medida que sacode os bastidores da ação penal é a confirmação de que a delação premiada foi utilizada na investigação. A justiça autorizou o pedido feito pela defesa de Pedro Luiz Saraiva Azevedo e autorizou acesso dos advogados dos réus ao conteúdo das informações prestadas por acusados que entregaram companheiros envolvidos na suposta fraude em troca de benefícios no cumprimento de pena. A juiz Loraci Flores de Lima ressaltou que ¿ o momento processual revela-se próprio para deferir o acesso a estes instrumentos, porquanto o resultado deste meio de obtenção de prova foi produzido na fase de instrução já encerrada¿.
Gaúcha
Justiça Federal suspende prazos e sentença da fraude no Detran vai demorar ainda mais
Advogados dos réus também vão ter acesso a conteúdo de delações premiadas
Álvaro Andrade
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