Um grupo assaltou a agência do Sicredi no centro de Progresso, no Vale do Taquari. Quatro homens teriam participado da ação e fizeram reféns na saída da agência, segundo a Brigada Militar.
Próximo às 10h30min, três criminosos quebraram a porta de vidro do banco com um machado e anunciaram o assalto. De acordo com Juliana Bergonci, funcionária da agência, um deles rendeu o gerente Fabiano Pavi, a funcionária Cassiana Vitorazzi, um cliente, e pegou o dinheiro. Os outros dois levaram o resto das pessoas - trabalhadores e clientes - para fora do prédio e obrigaram o grupo a fazer um escudo humano em volta do Civic prata utilizado na fuga.
- Estava eu e mais 10 pessoas fazendo o escudo humano. Eles pareceram muito tranquilos e calmos durante a ação - conta Juliana.
Minutos depois, o grupo fugiu com os três reféns até a localidade de Tiririca, no interior do município, onde abandonaram o Civic e liberaram as vítimas. O bando ateou fogo no veículo e seguiu a fuga com a ajuda de outro suspeito em um Gol vermelho.
A BM do município preparou um cerco em locais estratégicos para tentar encontrar os criminosos, com auxílio do efetivo de Lajeado, Boqueirão do Leão, Barros Cassal, Marques de Souza e Canudos do Vale. Por volta das 12h, a Polícia Rodoviária Federal abordou um Gol com características suspeitas na BR-386 e prendeu o suspeito.
O gerente Fabiano Pavi, conta que já tinha sofrido situação semelhante em 2005, na mesma agência.
- Já fiz meu depoimento na polícia e prefiro não falar sobre o assunto por pedido da diretoria da empresa. Foi tudo muito rápido. É uma coisa que pode acontecer, estamos sujeitos a isso - afirma.
Segundo o delegado João Antônio Merten Peixoto, titular da delegacia de Encantado e atuando como substituto em Progresso, será difícil fazer o reconhecimento dos suspeitos.
- Temos as imagens das câmeras de segurança e os veículos (o Civic e o Gol) serão periciados, assim como as ligações de celular feitas no local. Mas será difícil fazer o reconhecimento, pois os suspeitos estavam com roupas de inverno, luvas e toucas ninja, fica difícil para as testemunhas reconhecerem até a cor da pele deles - explica.
