Um taxista de 68 anos envolvido em uma abordagem policial que teria terminado em pancadaria, durante o veraneio, foi enterrado hoje em Capão da Canoa, no Litoral Norte. Amigos e familiares acreditam que morte tenha sido em decorrência da violência sofrida em fevereiro.
Desde que houve o caso, Olívio Rodrigues dos Santos esteve dividido entre internações e períodos em casa. Na noite de quinta-feira, após sofrer quatro paradas cardíacas, ele morreu. Os problemas de saúde seriam resultantes de um fato ocorrido no domingo, 19 de fevereiro.
Na ocasião, o sobrinho de Santos teria sido perseguido ao tentar fugir de uma blitz, no bairro Santa Luzia. Os PMs seguiram ele até a rua onde mora. No local, segundo moradores, os policiais teriam invadido as casas e os agredido.
Em depoimento ao delegado titular de Capão da Canoa, Valdernei Tonete, os PMs negaram as agressões e afirmaram que foram atacados. Na confusão, oito pessoas, entre moradores e policiais, ficaram feridos. Santos teve traumatismo craniano e, desde então, foi internado em hospitais de Gravataí, Porto Alegre e Capão da Canoa.
- Ele chegou a voltar para casa, deu uma reagida, mas piorou e foi internado novamente. Estava em Porto Alegre na semana passada e foi transferido para Capão. O povo da cidade está muito abalado com tudo que aconteceu, ele era uma pessoa muito boa, amigo de todo mundo, os culpados precisam ser punidos - diz Bento Mantovani, amigo do taxista morto.
O delegado Tonete aguarda o resultado do laudo pericial que vai indicar a causa da morte de Santos para confirmar se ela teve relação com o fato ocorrido no verão. Se confirmar, os PM's podem ser indiciados pela morte do taxista.