A Polícia Civil já prendeu um total de seis pessoas por conta do ataque ao Banrisul de Dilermando de Aguiar, na Região Central, na madrugada de quinta-feira (9). A prisão mais recente foi na tarde deste domingo (12), na localidade de Campo da Pedra, no interior do município.
Conforme o Delegado Regional, Sandro Meinerz, a polícia acredita que pode haver mais uma pessoa envolvida no fato, escondida no interior de Dilermando de Aguiar. Dos seis já presos, cinco participaram diretamente do ataque e um colaborou na logística da quadrilha, facilitando a fuga.
Cinco bandidos em dois carros e uma moto atacaram a agência do Banrisul de Dilermando de Aguiar. Foram pelo menos duas explosões. Os criminosos portavam armas longas e chegaram a efetuar disparos, mas ninguém ficou ferido. Eles fugiram levando cerca de R$ 2 mil. Na fuga, espalharam miguelitos – ferros retorcidos – nas estradas que ligam Dilermando de Aguiar a São Pedro do Sul e a Santa Maria, para atrasar o trabalho da Brigada Militar.
Chefe da quadrilha é da Serra Gaúcha
No último sábado, um homem de 35 anos foi detido em flagrante na Região de Pau Fincado. Agostinho Justakoski, natural de Farroupilha, é considerado o chefe do grupo que atacou o centro do Estado. As investigações da Polícia Civil apontam que ele teria envolvimentos em ações de diversas cidades, entre elas Farroupilha, na Serra.
Segundo o Delegado João Paulo de Abreu, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Agostinho deveria estar na casa da mãe, em Farroupilha, onde cumpria prisão domiciliar. Porém, conforme investigação, desde que saiu do presídio, ele se envolveu em outros crimes do mesmo tipo.
Agostinho era o único dos presos com antecedentes por envolvimento com ataque a banco. O homem tinha um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Canguçu, referente a um ataque a banco com uso de explosivos no início de julho. Conforme o delegado, ele é suspeito dos dois ataques com explosivos que aconteceram em Farroupilha no mês de julho. O primeiro foi contra uma agência do Banrisul, localizada no bairro Nova Vicenza, na madrugada de 21 de julho. Uma semana depois, criminosos explodiram um caixa eletrônico que ficava dentro de um posto de combustíveis às margens da RS-453, no caminho para Bento Gonçalves.
Quadrilha desarticulada
Além do preso mais recente, de domingo, e de Agostinho, no sábado, outras quatro pessoas já haviam sido detidas. Todas na localidade de Pau Fincado. Na última sexta-feira (10), um homem foi preso por envolvimento no ataque de Dilermando de Aguiar. Com ele, foi encontrado um revólver roubado de dentro do banco, um colete a prova de balas e uma touca ninja. Ainda na quinta-feira, menos de 12 horas depois das explosões, três criminosos foram presos, na mesma região, durante uma troca de tiros com o Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar.
Conforme o Delegado João de Abreu, a maior parte do valor levado pela quadrilha já foi recuperada. O delegado ainda aponta que, com as explosões, os criminosos acabaram deixando bastante dinheiro debaixo dos escombros, que foi recolhido pelos policiais.
O delegado Sandro Meinerz aponta que quatro dos seis presos eram da região, e apenas Agostinho tinha passagens por roubo a banco. Os demais tinham antecedentes por outros crimes. O delegado João de Abreu diz que a suspeita da polícia é de que os outros envolvidos na ação de Dilermando de Aguiar já tenham participado de outros ataques.